segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Como posso ser valoroso para a indústria televisiva estadunidense



Sei que há milhões de dólares em disputa, survey, estatísticas de TiVo, atração de anunciantes, mediocridade da noção publicitária (como tudo o resto do que envolve essa área) de "o-que-o-público-quer",vaidade, concorrência no horário, audiência, cláusulas, etc, etc, etc no caminho entre o sucesso e o fracasso das empreitadas da indústria cultural dos seriados dos Estados Unidos.

Sugiro, no entanto, um método muito mais rápido e objetivo dos executivos dos grandes canais da poderosa nação resumirem essa dolorosa jornada de gastos e investimentos que começa na promoção desenfreada de uma grande idéia e culmina no cancelamento quase obscuro que não dá nem rota de página (como se ainda alguém lesse alguma página, que dirá as notas) daquele frustrado empreendimento: apresento-lhes, eu.

Vendo meus serviços por módicas verdinhas e posso fazer aqui mesmo de casa. Funciona assim: vocês me apresentam a série - uns dois ou três episódios e eu vos digo, na simplicidade de alguém que não sabe o que é argumento ou teleobjetiva, minhas impressões sobre a peça. Caso eu goste, não tenha dúvidas, aborte.



Pois sou uma espécie de Simon Cowell da teledramaturgia às avessas. Tudo que acho brilhante e genial é jogado ao limbo. O que acho bocó, medíocre, previsível ou bobinho, resiste bravamente às temporadas de corte de gastos e cancelamento.

Poupe seus marketeiros, seus consultores, suas estatísticas, todas essas ciências baratas dos tempos da grana. Recorram ao meu bom e velho pé-friismo. É mais barato, e funciona e como gosta todo bom capitalista, te poupa de tantos gastos e aumenta tua margem de lucro.


Nenhum comentário: